Em 2004 iniciou-se um consórcio gerido pela DGE – Direção-Geral da Educação: o Consórcio Internet Segura, que pretendia concretizar 4 etapas – sensibilizar, denunciar, formar e informar, ou seja, a partir da sensibilização da população diminuir os impactos que a insegurança da internet provocam centrando-se no lema Tu decides por onde vais
A utilização consciente e cuidada da internet pode constituir uma ferramenta de grande importância para criança e adultos, servindo como agente divulgador do seu trabalho e currículo, permitindo que este seja mais inovador. No entanto, a relatividade da segurança na internet tem vindo a ser uma questão em foco nos últimos tempos. Se considerarmos que cada vez mais cedo as crianças começam a aceder à internet, a partilhar fotos, acontecimentos da sua vida pessoal, a aceder a chats e/ou a jogos online que também os contêm possibilitando o surgimento dos conhecidos amigos virtuais talvez não nos pareça de extrema importância a abordagem deste tema, mas, se considerarmos o aumento dos roubos de identidade, o aumento das fraudes na internet, raptos, discriminação, bullying, o contacto com o desconhecido e o plágio, talvez esta questão ganhe outras dimensões, e aí poderão surgir questões como: como poderemos salvaguardar as nossas crianças? ou estarão as nossas crianças seguras?. Deste modo, segundo TORRES & RODRIGUES (2014) além de nos proporcionar um mundo diferente, novas formas de jogar, de aprender, de comunicar, de viajar e de expressar, a Internet passou a fazer parte da lista de conselhos que os pais dão às crianças constituindo assim um risco para as mesmas. PAPERT (1996:111), citado por GOMES, VALENTE, & DIAS (2008:2), refere que As vantagens [do uso da Internet] são imensas, mas, pela mesma razão, os riscos são sérios.
Antigamente o Homem ansiava pela conquista da liberdade,
pela queda de regimes opressores, manipuladores e controladores, refiro-me
assim aos regimes comunistas e aos métodos opressores e controladores
utilizados por estes regimes, nomeadamente a PIDE utilizada pelo regime
salazarista em Portugal. No entanto, com o avanço da tecnologia é possível
detetar que atualmente após a maior parte da população mundial ser considerada
livre e abrangida pela Declaração dos Direitos Humanos que preconiza no artigo
3º. que Todo o
indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal, a sua liberdade e segurança é corrompida diariamente pelas
tecnologias que julgamos nossas “amigas”.
O controlo do homem é feito das mais variadas formas, desde o uso do cartão
multibanco até às comunicações efetuadas pelo seu telemóvel e, da mesma forma
que é facilmente controlado o Homem é também facilmente manipulado e enganado
especialmente quando recorre às TIC sem as devida precauções, colocando em
causa a sua própria segurança. A privacidade, a liberdade e a segurança
anteriormente conquistadas vêem-se hoje ameaçadas pelas TIC, podemos assim
conferir, recorrendo à célebre frase de que o
que o Homem dá, o Homem tira.
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Referências
Bibliográficas
Carta
Universal dos Direitos Humanos.
(1994). Obtido de Gabinete de Cooperação e Direito Comparado:
http://www.gddc.pt/direitos-humanos/textos-internacionais-dh/tidhuniversais/cidh-dudh.html
GOMES, M. J., VALENTE, L., & DIAS, P. (2008). Seguranet
– Um levantamento exploratório das práticas de risco dos jovens portugueses no
uso da Internet. Em Actas do IX Congresso da Sociedade Portuguesa de
Ciências da educação – Educação para sucesso: políticas e actores. Obtido
em 20 de Dezembro de 2014, de
http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/8675/3/SPCE-seguranet-final.pdf
SeguraNet. (2007-2010). Obtido em 19 de Dezembro de 2014, de
SeguraNet: http://www.seguranet.pt/
Sobre o Projeto Internet Segura - Consórcio Internet Segura. (s.d.). Obtido em 19
de Dezembro de 2014, de Internet Segura:
http://www.internetsegura.pt/sobre-o-proje0020cto-internet-segura/consorcio-internet-segura
Torres, J., & Rosário, M. (2014). Segurança na
Internet. Setúbal.
Belanciano, V. (2014). Não são apenas as
celebridades que estão a nu na Internet. Público, 25.
Cardoso, R. (2014). Se o Google diz é
porque é verdade. Mas será mesmo? Courrier Internacional, 3.
Guerreiro, A. (2014). A máquina Google. Ípsilon,
25.
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